quarta-feira, 30 de junho de 2010

DIREITOS HUMANOS E GRUPOS VULNERÁVEIS

Integração prática de atuação jurídica interdisciplinar junto aos centros de referência da cidadania da pmjp


O Projeto lançou uma proposta de participação da extensão universitária no cotidiano social nos Centros de Referência da Cidadania (CRC’s) dos bairros Timbó, Mangabeira e Jardim Veneza. A cidade possui outros oito CRC’s, todos vinculados à Prefeitura Municipal de João Pessoa pela Diretoria de Organização Comunitária e Participação Popular da SEDES.

O projeto perpassa a visão dogmática tradicional por visar uma inter/transdisciplinaridade com os Direitos Humanos através de uma intervenção prática e teórica com os participantes dos CRC’s. Além disso, amplia o universo acadêmico por mantê-la em contato com a realidade social da cidade.

Os objetivos do Projeto são mobilizar as comunidades para que se fortaleçam, e assim, se emancipem para construir e lutar pelas demandas físicas/estruturais, culturais, sociais de seus espaços, através da visão e diálogo com os Direitos Humanos e discussões com as instituições públicas da cidade ou do Estado.

Oferecendo oficinas sobre temas sugeridos pela população relacionando-os com os direitos humanos para possibilitar a emancipação dos participantes, tornando-os protagonistas de sua história e construção política de seus espaços.

O grupo de extensionistas procura manter uma formação interna com leituras de Paulo Freire (Relações dialógicas e educação), Psicologia Social, Cidadania e Democracia, etc. Além disso, há um mix de áreas com professores da área de psicologia e uma aluna do curso de serviço social, enriquecendo as reuniões internas com ‘novos’ saberes para uma melhor preparação para o contato com a comunidade nas oficinas.

As oficinas com a comunidade acontecem uma vez por mês com duração de quatro horas, o número de participantes chega a aproximadamente vinte por CRC. As temáticas por serem demandadas pela comunidade variam, por exemplo, em Mangabeira é dialogado o que são as Cooperativas, Associações, Oscips, ONGs, enquanto que no Jardim Veneza é abordado o Acesso à Justiça - temas que os extensionistas e professores tentam transversalizar com os DH’s e a importância da cidadania de uma forma dinâmica e participativa.

terça-feira, 15 de junho de 2010

É! Deu a louca!

O título do blog sugere a loucura dos Direitos Humanos por conta da atitude incomum de sair da universidade, fugir dos muros acadêmicos, levar a academia para conhecer outros espaços. Deu a louca então, porque ainda hoje não é comum que os estudantes universitários se deparem com a realidade e trabalhem com ela ao mesmo tempo em que trabalham a teoria.

Outro ponto importante levantado, a partir da fuga dos Direitos Humanos, é o do conflito da Teoria e da Prática. Muitas vezes o aluno, preso ao espaço físico da universidade - ou até mesmo da sala de aula, não consegue perceber a complexidade das situações que envolvem a violação ou a negação dos Direitos Humanos. Então, esses alunos, quando saem do mundo acadêmico são tocados pela confusão do mundo, onde as relações interpessoais, ou coletivas, são diferentes do que é encontrado nas apostilas oferecidas pelos professores.

O Projeto de Extensão, quando bem oferecido, faz o aluno perceber a importância de manter contato com outros espaços, fora o da universidade. O objetivo é aprender a importância de seu estudo ser voltado para a comunidade, o dever de devolver à sociedade parte do conhecimento que adquiriu no ensino superior. E uma das formas de devolução se dá através da extensão universitária, não só pelo fato de se estudar numa entidade pública e ter uma responsabilidade social, mas para desenvolver um olhar humano sobre os outros, sentir-se membro da sociedade buscando construir conjuntamente novos espaços a partir do diálogo.

Por fim, a aluna chama-se Liziane Pinto Correia, o curso é Direito, o muro/a universidade é a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), o Projeto de Extensão é o intitulado “Direitos Humanos e Grupos Vulneráveis: integração prática de atuação jurídica interdisciplinar junto aos Centros de Referência da Cidadania da Prefeitura Municipal de João Pessoa” e o espaço é a cidade de João Pessoa, mais especificamente a comunidade do Timbó.

Mundo Metamórfico

Imago?!

Na origem latina quer dizer a imagem mental, ou representação, fixada ao imaginário e à memória, mas também dizia respeito à máscara de cera que faziam dos falecidos. No medievo ocidental Imago significava os sentidos que ultrapassam a imagem e a linguagem. Para o dicionário corresponde a forma definitiva do inseto que emerge da pupa no estágio de metamorfose. Para a psicanálise pode ser a fantasia afetiva de uma pessoa criada na infância e projetada posteriormente sobre outras pessoas do meio.

Imago também pode ser a conseqüência de uma experiência pessoal, combinada com imagens do inconsciente da coletividade. É o símbolo que marcou o inconsciente, apreendido e com o significado amplificado subjetivamente. É o que se percebeu e apreendeu pelo indivíduo a partir de imagens da realidade que ficaram gravadas no inconsciente pessoal.